Formação e Informação em Direitos Humanos e Diversidade

Confira as atividades selecionadas por meio do edital Formação e Informação em Direitos Humanos e Diversidade.

A terceira edição do Edital Formação e Informação em Direitos Humanos e Diversidade selecionou 14 projetos, que serão executados nos meses de agosto a novembro de 2021. São propostas envolvendo atividades voltadas ao fomento e promoção de debates sobre direitos humanos e diversidade étnico-raciais, de gêneros, sexualidades e classes sociais, temas alinhados com a Política de Direitos Humanos da UnB, estabelecida pela Resolução nº 031 de 2021 do Conselho Universitário (CONSUNI).

O Edital Formação e Informação em Direitos Humanos e Diversidade é elaborado e executado pela Diretoria da Diversidade, do Decanato de Assuntos Comunitários (UnB/DAC/DIV), sendo que a edição de 2021 será realizada de forma remota (on-line), devido à pandemia de COVID-19.

As propostas selecionadas envolvem workshops, oficinas e mesas redondas, elaboradas por discentes que integram a instituição. O diferencial do Edital é promover o convívio com as diferenças e percepção de pertencimento à Universidade, por meio da valorização dos conhecimentos, experiências e habilidades de integrantes da própria comunidade universitária. As atividades foram selecionadas a partir do seu potencial em contribuir para a redução das violências e violações de direitos que impactam a permanência de negras e negros, pessoas LGBTQIA+, indígenas e demais mulheres na Universidade, fortalecendo as políticas afirmativas da instituição.

As inscrições para as atividades podem ser feitos no site da Extensão por meio do link:

https://sig.unb.br/sigaa/public/extensao/loginCursosEventosExtensao.jsf

Confira os resumos das atividades selecionadas: 

  • Oficina de Cultura Negra: Identidade e Relações Raciais no Brasil

A oficina tem como objetivo promover a discussão sobre a cultura negra no Brasil e sua influência nas relaçõessociais e raciais, como também, sua influência na construção e percepção da identidade negra. Discutir os impactos da Covid-19 nos mais variados segmentos, como educação, relações de gênero, segurança pública, segurança alimentar, também éum objetivo a ser trabalhado na oficina, pois a pandemia mudou completamente a forma das pessoas se relacionar.

  • Projeto Vestígios

O Projeto Vestígios procura efervescer memórias de nossos ouvintes e palestrantes com temas específicos mensais a serem desenvolvidos quinzenalmente. A proposta do projeto passa por espacialidade, existência, narrativas, trajetória e marca pessoal. Afinal, como o espaço marca nossos corpos e em que medida a existência de nossos corpos moldam os espaços?

  • Saúde mental de estudantes negros nos cursos de Tecnologia da Informação (T.I.),estratégias para não desistir.

Os cursos da área de  T.I. da UnB apresentam um padrão comum encontrado nos campi Darcy Ribeiro e Gama, visto que a maioria das turmas são compostas por estudantes homens cisgêneros brancos. Tal fato acaba por influenciar na ausência de sentimento de pertencimento, sentimentos de inferioridade e de incapacidade,rejeição, violência (discriminação e racismo) e solidão por estudantes não brancos e LGBTQIA+. As oficinas buscam apresentar as estratégias de estudantes desligados e religados que conseguiram chegar ao TCC, outros formados e sem perspectiva de formação, para manter uma sanidade mental e concluir os cursos.

  • Podcast Mulungu

A proposta deste projeto consiste em fazer um resgate memorialístico intergeracional (mais novas e mais velhas), de gênero, raça, etnia e sexualidade da intelectualidade negra da Universidade de Brasília (UnB) ao público-ouvinte do Podcast Mulungu, principalmente estudantes da graduação oriundos da Política de Ações Afirmativas.

  • Interculturalidade na Universidade: Conhecendo os Povos Indígenas do Brasil

Na oficina serão apresentados vídeos curtos sobre os povos indígenas em diversos contexto, seja sobre direitos, políticas públicas, cultura, saúde, educação, segurança, entre outros, em seguida será realizado o debate sobre os vídeos que desperte a reflexão sobre os conhecimentos anteriores ao vídeo com os novos depois do vídeo.

  • Diálogos Intercientíficos a partir da ótica de estudantes indígenas na UNB

Os Diálogos Intercientíficos vêm a promover um ambiente de reflexão e diálogo honesto a partir das ciências e epistemologias indígenas, trazidas pelos proponentes, junto com os seus aprendizados pelas experiências dentro da universidade e nos ambientes urbanos. Um debate a partir da diversidade das origens e conhecimentos, para conciliar em um respeito comum aos direitos humanos, específicos e diferenciados.

  • Gênero e Sexualidade: decolonizando corpas marginalizadas

As atividades têm o objetivo de fomentar e fortalecer as narrativas das LGBTs e sua pluralidade no âmbito étnico-racial dentro da Universidade de Brasília, promovendo a percepção de pertencimento dessas existências, bem como visibilizar essas vivências. O projeto proporcionará rodas de conversas, palestras, cine-debates, a fim de discutir as diversas vivências de indígenas LGBT+ e com a presença de convidados LGBTs que atuam nas áreas de discussão.

  • População Quilombola: debates sobre raça, gênero e saúde

Trata-se de um minicurso que visa estimular a formação de debates sobre as populações quilombolas, trazendo a abordagem interdisciplinar entre gênero, raça/etnia e acesso à saúde que são categorias importantes no estudo dos grupos étnicos e na minimização dos efeitos das desigualdades.

  • Gênero, Informação e Saúde

Serão realizadas atividades on-line como rodas de conversas, oficinas e mesas redondas, que poderão contar com pessoas convidadas com experiência nas temáticas, acerca das vivências da mulher cis e trans no contexto da pandemia.

  • Literatura e Negritude: política, resistência e voz

As atividades consistem em fomentar, por meio de mesas redondas com participação de convidadas/dos especialistas em questões raciais, debates a partir da literatura afro-brasileira, com ênfase na ampliação do diálogo e troca de conhecimento entre as/os participantes, sobre a relação de classe social, gênero, raça, política, dentre outros.

  • Literatura Negra Feminina: lendo um mundo nosso

No workshop serão abordadas a vida e obra das autoras negras, discutindo seus objetivos, posições políticas e formas de enxergar o mundo. Por meio de um panorama geral será possível discutir questões como a ideia de literatura negra, a escrita para mulheres, o racismo na trajetória das autoras e os movimentos teóricos com quais se identificaram.

  • Arte Gorda: teoria e prática

Pensar o corpo gordo para além de sua patologização reconhecendo sua poética de criação é um modo de se repensar a cena das artes visuais alargando-a. 

O ateliê se diferencia pela práxis do processo, os encontros são teóricos e práticos pautados pelas interseccionalidades das artes da cena. Outro diferencial é a ideia de que nesse ateliê participem pessoas gordas, já que em sociedade quase nunca temos a oportunidade de nos repensar e criar longe das hierarquias magrocentradas e das violências de acessibilidade. Ao espaço gordocentrado nomeamos “gordosfera”. É importante para esse processo de autoconhecimento e reconhecimento nas alteridades, reforçar a ideia de coletividades gordas distanciando-se da solidão estrutural que a exclusão e a falta de acessibilidade promove a esses corpos.

  • Monodissidências e Saúde Mental

O projeto se propõe a fomentar discussões críticas acerca das monodissidências, sejam elas de orientação sexual e/ou de gênero. Pretende-se realizar atividades com ativistas e estudioses dos temas de movimento bissexual brasileiro, bem como pessoas trans não-binárias. A perspectiva interseccional de classe, raça, deficiência e neurodivergência será a mola propulsora das discussões acerca dos tensionamentos que pessoas monodissidentes provocam nas normativas hetero-cis-sexuais.

  • A História das Masculinidades no Brasil e Masculinidades Positivas

Neste projeto pretende-se apresentar a consolidação do campo de estudos das masculinidades, bem como os conceitos de masculinidade hegemônica, masculinidades dissidentes e também a construção social do homem, da masculinidade e da dominação masculina. O curso tem por objetivo problematizar masculinidades com a busca da ressignificação positiva das mesmas; possibilitar a visibilidade de questões relevantes à comunidade transmasculina; questionar e discutir “onde” a noção de masculinidades foi produzida? Como e por que isso aconteceu? O que sustenta tal produção? Quais os efeitos construção desse sentido? Como ocorreu a historicização e a institucionalização das masculinidades no Brasil?

  • Workshops de Formação em Direitos Humanos e Diversidade da UnB

As oficinas de direitos humanos vêm como uma possibilidade de corrigir uma  falha  no currículo  acadêmico  do  curso de Turismo,  que  apesar  de  ser da  área  das  ciências  sociais  aplicadas, não tem uma disciplina introdutória satisfatória sobre as lutas identitárias. Por  isso, transmissões  ao  vivo  ocorrerão semanalmente  na  página  do Instagram do Centro Acadêmico de Turismo e/ou de @kaus.crycis, disseminando conhecimentos sobre direitos humanos  e  exercitando  o  debate  e a  consciência  política  das  pessoas,  dentro  e  fora  da universidade.

  • Vivência Ballroom Online – Casa de Onijá

A Vivência Ballroom é um projeto desenvolvido por artistas e fazedoras de cultura em suas mais diversas linguagens. Integrantes da comunidade ballroom (cena voguing do DF) passam a fortalecer um importante ponto de cultura da capital: o território cultural Mercado Sul localizado em Taguatinga. Ao desenvolver atividades de voguing, apresenta-se um mundo de possibilidades de arte e performance para as pessoas LGBTQIAP+ do território e da comunidade como um todo. A partir da dança, da troca e do afeto, a comunidade ballroom cria espaços de segurança e territórios de esperanças, promovendo uma cultura de paz,encorajando e fortalecendo pessoas que se encontramem constante estado de vulnerabilidade.

 

Observação: notícia publicada originalmente em 13 de setembro de 2021 no site da Diretoria da Diversidade, que foi substituída pela Secretaria de Direitos Humanos em 03/06/2022 pelo Ato da Reitoria Nº 0582/2022.

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