Semana do Orgulho LGBTQIA+ na UnB 2023

A Semana do Orgulho LGBT na UnB ocorrerá entre os dias 23 de junho e 04 de julho de 2023, com diversas atividades. Venha conferir!

 

O Dia Internacional do Orgulho LGBT é celebrado, mundialmente, pelo movimento LGBTQIAP+, em 28 de junho, como um importante instrumento de visibilidade na luta por cidadania, respeito e valorização das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queers, intersexuais, pansexuais, e demais identidades dissidentes da heterocisnormatividade.

 

 

Historicamente, a data faz alusão ao levante ocorrido em 1969, que ficou conhecido como a revolta de Stonewall Inn, nome de um bar nova-iorquino, ponto de encontro de pessoas LGBT, que se rebelaram contra as frequentes discriminações e “batidas” policiais no local, efeito de uma política estatal higienista, de forte cunho lgbtfóbico. No ano seguinte, a resistência do público frequentador daquele espaço, resultou, dentre outras ações, na primeira Parada do Orgulho LGBT, ocorrida em junho de 1970, ação que se estendeu por diversas partes do mundo.

Celebrar o Orgulho LGBT é rememorar a resistência das pessoas que ousaram se expor no longo caminho de enfrentamento corajoso das ofensivas da heterocisnormatividade e suas consequentes violências. E tal resistência não diz respeito apenas ao local do evento que marca a data, mas a todos os espaços e territórios e a todas as existências que compõem a palheta de possibilidades da sexualidade humana, inclusive aquelas aniquiladas e/ou invisibilizadas pelos processos colonialistas patriarcais.

Cinquenta e quatro anos se passaram desde o acontecimento de Stonewall Inn, sendo que vários direitos foram conquistados, por meio da luta das pessoas LGBTQIA+, em diversos países, como a despatologização da homossexualidade, o reconhecimento do casamento homoafetivo, a criminalização da homofobia, o direito à retificação de documentos por pessoas trans, o uso do nome social em documentos, a adoção por famílias homoafetivas e a criação de delegacias especializadas em alguns centros urbanos. No entanto, os direitos das pessoas LGBTQIA+ ainda estão muito aquém do ideal, especialmente, na presente conjuntura de avanço do conservadorismo, com seus discursos de ódio contra as políticas de direitos humanos e sociais, situação que se verifica também no Brasil, exigindo enfrentamentos diários.

Apesar da visibilidade conquistada e certa proteção legal vigente no Brasil, ainda são chocantes os números de assassinatos e outras violências cotidianas contra as pessoas LGBTQIA+, especialmente pessoas transgênero negras e periféricas. A violência institucional também afeta sobremaneira as pessoas LGBTQIA+, que acabam, muitas vezes, expropriadas do direito à educação e saúde, sendo, paralelamente, excluídas do mundo do trabalho e da convivência familiar e comunitária. O que resulta, em inúmeros casos, em adoecimento mental e suas consequências. Na Universidade esses efeitos culminam, também, em baixo rendimento acadêmico, isolamento social, evasão, problemas laborais e falta de pertencimento à comunidade universitária.

Neste contexto, na perspectiva da inclusão e promoção da diversidade na Universidade, a Secretaria de Direitos Humanos, por meio de sua Coordenação LGBTQIA+, em parceria com o Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade Sexual, NEDIG/CEAM, a Diretoria de Esporte, Arte e Cultura, DEAC, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília, SINTFUB, realizará a Semana do Orgulho LGBT na UnB, entre os dias 23 de junho e 04 de julho de 2023.

A celebração contará com realização da “Conferência Dissidente ‘Eu existo! Nosso ORGULHO é também não binário/a/e!’, realizada pelo CREAS da Diversidade e Defensoria Pública do Distrito Federal, juntamente com o NEDIG/CEAM, com rodas de conversa, oficinas, cine-debate e atividades culturais. No último dia a SDH, em parcerias, realizará a VII Parada do Orgulho LGBTQIA+ da UnB.

O objetivo das atividades é chamar a atenção da comunidade universitária para a necessidade do reconhecimento e respeito às diversas identidades de gênero e para o direito à orientação sexual diversa dos padrões hétero e cisnormativos, promovendo um ambiente universitário plural e acolhedor, como preconiza as normas institucionais.

 

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