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Curso é destinado a servidores, com foco no ambiente acadêmico. Sexta-feira (8) abre programação de março voltada à promoção da igualdade de gênero.
Créditos: Serena Veloso | Secom UnB
“Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”. É o que prevê o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das metas globais que devem guiar políticas públicas e ações nos países até 2030. Já alinhada a este propósito, a Universidade de Brasília convida toda a comunidade acadêmica a somar-se aos esforços institucionais pela eliminação das desigualdades, discriminações e violências de gênero neste Mês das Mulheres.
Esta é a proposta do #8M UnB 2024 – Promoção da Igualdade de Gênero nas Universidades – ODS5, agenda construída coletivamente pelo Decanato de Extensão (DEX), Decanato de Gestão de Pessoas (DGP) e Secretaria de Direitos Humanos (SDH/DAC/UnB), com participação da comunidade acadêmica, para todo o mês de março.
COMBATE À VIOLÊNCIA – A programação tem início na próxima sexta-feira (8), Dia Internacional das Mulheres, com atividades no anfiteatro 9 do Instituto Central de Ciências (ICC Sul), no campus Darcy Ribeiro, Asa Norte. Às 8h, um café da manhã, seguido de atração musical, foi programado para a acolhida da comunidade. A abertura do #8MUnB ocorre às 9h, com a presença da reitora Márcia Abrahão; da decana de Extensão, Olgamir Amancia; da decana de Gestão de Pessoas, Maria do Socorro Gomes; da decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi; e da decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Telles.
>> Confira a programação desta sexta-feira (8)
A atuação da UnB no enfrentamento a violências de gênero ganha destaque com o lançamento, às 10h, do curso Maria da Penha vai à Universidade. A iniciativa visa à capacitação de servidores técnico-administrativos e docentes na discussão sobre sexismo e violências de gênero e na promoção de ações de respeito às mulheres e à diversidade de gênero, bem como de estratégias de prevenção e combate a violações a seus direitos no ambiente universitário. O foco é, ainda, a sensibilização para conhecimento da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 2006).
A oferta é resultado de termo de cooperação firmado entre a instituição, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). É também um desdobramento do Programa Maria da Penha vai à Escola, promovido com participação da UnB e outras instituições para promoção dos direitos das mulheres em situação de violência a partir de ações com profissionais da educação do Distrito Federal.
“O curso é voltado para servidores, para que além de não praticarem, conheçam e consigam identificar casos de violência e mulheres que chegam à Universidade buscando um espaço para fugir das violências domésticas. Não pode ser aqui o ambiente em que essas violências se repitam”, ressalta a secretária de Direitos Humanos, Deborah Santos, que mediará a atividade de lançamento. O momento terá participação das representantes da administração superior, do TJDFT e do MPDFT.
O Maria da Penha vai à Universidade é promovido pela Coordenadoria de Capacitação (Procap/DGP), com 35 vagas disponibilizadas nesta primeira edição. São quatro módulos, que perpassarão debates sobre a mulher na atualidade e sua relação com a Universidade, questões interseccionais de gênero e raça, penalidades previstas na Lei Maria da Penha e ações da SDH para promoção dos direitos das mulheres e enfrentamento às violências contra este grupo. Os conteúdos foram elaborados com contribuições de professoras da Universidade que atuam na temática.
Segundo Deborah Santos, é necessário fazer essa discussão “para que a gente esteja atento e crie, a partir daí, uma rede de solidariedade e de acompanhamento dentro da Universidade em relação a essas questões”. Ela ressalta, ainda, que estratégias têm sido construídas para lidar com situações de violência na instituição, como a Política de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, Sexual, Discriminações e Outras Violências, cujos fluxos de denúncia e penalização estão em vias de implantação.
As inscrições estarão abertas de 18 a 31 de março pelo SIGRH e o curso será realizado de 22 de abril a 27 de maio, na modalidade a distância.
MULHERES EM AÇÃO – Também na sexta (8), às 11h, a coordenadora da Questão Negra da SDH e professora da Faculdade de Educação (FE), Renísia Garcia, ministra aula magna sobre gênero e educação antirracista. A docente lançou recentemente o livro Tecendo redes antirracistas III: entre resistências e emancipações, organizado em colaboração com pesquisadores do Brasil, de Cabo Verde e de Guiné Bissau e voltado para formação de professores numa ótica contracolonial.
Na tarde do dia 8 haverá, às 14h, a roda de conversa Promoção da Igualdade de Gênero nas Universidades – ODS 5, com a presença de representantes de diferentes segmentos da comunidade acadêmica. Na ocasião, estarão em evidência assuntos como direitos reprodutivos, feminicídio e iniciativas de proteção das mulheres contra violências domésticas; expressões das mulheres na arte e na cultura; o papel dos movimentos sociais nas agendas afirmativas de proteção às mulheres; experiências de raça e gênero; e maternidade.
As atividades do dia se encerram às 17h, com a vivência de dança promovida pelo projeto de extensão Laboratório Ventre que Dança. A iniciativa visa a realização práticas corporais como dança terapêutica para autoconhecimento e dança e ritmos afro, brasileiros, latinos e árabes, além de rodas de conversa e oficinas, para incentivo ao autocuidado, bem-estar, expressividade e autonomia.
“É uma prática inclusiva, que pretende trabalhar a corporeidade com vivências lúdicas, divertidas, bem-estar e alegria por meio da dança e de práticas integrativas e complementares em saúde”, frisa Priscila Almeida Andrade, professora de Saúde Coletiva da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) à frente do projeto e, atualmente, diretora de Difusão Cultural do DEX.
O foco são mulheres e pessoas da comunidade LGBTQIAPN+, mas as atividades, gratuitas, são abertas a todos os interessados. Os encontros ocorrerão às segundas-feiras, de 12h30 a 13h30, no Núcleo de Dança A, no bloco SG10 do campus Darcy Ribeiro, e têm início no dia 11 de março.
É possível se inscrever nas atividades do #8MUnB a partir de quinta-feira (7), pelo Sigaa. Basta buscar no sistema pelo evento, intitulado #8M UnB 2024 – Promoção da Igualdade de Gênero nas Universidades – ODS5. A ação é aberta às comunidades acadêmica e externa e a inscrição gera certificação de extensão.
AGENDA COLETIVA – A Secretaria de Direitos Humanos receberá, até 18 de março, propostas da comunidade acadêmica para integrar o calendário de ações coletivas do #8MUnB ao longo do mês. As iniciativas deverão ser cadastradas por meio de link no site da SDH.