A Auditoria montou um cronograma de visitas as unidades gestoras da Universidade de Brasília.
Créditos: Arno Wegner / AUD
A Auditoria montou um cronograma de visitas as unidades gestoras da Universidade de Brasília. O intuito é ampliar as relações e apresentar os serviços do órgão vinculado ao Conselho de Administração da UnB (CAD). Esta iniciativa também busca um estreitamento de laços e um alinhamento solidário e estratégico entre os gestores e a Auditoria para acompanhamento das metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
Neste mês visitamos, e também recebemos, a professora Débora Silva Santos, secretária da pasta de Direitos Humanos da Universidade de Brasília. Ela foi recebida pelo professor Abimael Costa e ambos comentaram a relevância da temática dos Direitos Humanos para sociedade, especialmente, no âmbito da Universidade de Brasília.
1 – Como a Auditoria da UnB pode colaborar com o debate e a promoção dos direitos humanos?
AC: A Universidade no seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) tem diversas metas e objetivos relacionados com a nova Secretaria de Direitos Humanos. Até porquê a Secretaria está assumindo processos e demandas que já estavam no âmbito do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC). A Auditoria com a missão de acompanhar, de avaliar o atingimento das metas do PDI da Universidade, tem o papel de se colocar à disposição para que os gestores da UnB, como no caso da nova Secretaria de Direitos Humanos (SDH), possam conhecer, no contexto das metas a serem atingidas, os caminhos institucionais, os controles internos que estão sendo aplicados hoje e quais novos fluxos podem ser desenhados. Então, o nosso papel é orientar no âmbito da Universidade como buscar e empreender esforços para atingir as metas do PDI, no caso, relacionadas com a Secretaria de Direitos Humanos.
DS: Para nós é muito importante a abertura de portas para essa temática. Até então, as políticas de diversidade estavam vinculadas ao DAC. Agora, nessa nova estruturação, foi criada a Secretaria dos Direitos Humanos (SDH) da Universidade. Com esse entendimento do papel da Auditoria, espero que a gente consiga pensar em fluxos melhores, contando com o acompanhamento da Auditoria, para que ela não signifique apenas “cobrança”, mas, na verdade, uma parceira dentro dessa temática que atinge a todos. Inclusive, para além do PDI, como nas relações de trabalho, que também se passam na Auditoria, no atendimento da secretaria a discentes, a docentes, a servidores…, então essa possibilidade de aprender caminhos mais eficientes mostra o interesse (da Auditoria no debate sobre Direitos Humanos) e fico muito feliz com o convite do professor Abimael e com ele se mostrar um companheiro na implementação e consolidação da SDH.
2 – No âmbito da construção de uma Universidade mais plural e envolvida com os desafios da sociedade, qual é a relevância do debate das pautas relativas aos Direitos Humanos para melhoria dos processos internos e externos da UnB?
DS: A Universidade reflete o que a sociedade tem. Nós estamos num momento de acirramento e retrocesso de todas as relações que concernem aos Direitos Humanos. E é nesse sentido que a gente considera que a Universidade, pela sua capacidade de refletir, deva ser um contraponto. Significa criar dentro da Universidade um ambiente que seja menos violento, menos agressivo. Não apenas no ambiente educacional, mas também no ambiente de trabalho. Então, as relações humanas dentro desse espaço precisam ser mais passíveis de entendimento. Isto é, saber reconhecer momentos de tolerância e de intolerância. É saber reconhecer o outro e perceber que há momentos em que tratar diferente é o que vai fazer ser igual. A gente tem um número grande de formas (inclusivas) de entrada na Universidade. Apenas na perspectiva dos discentes, nós temos refugiados, temos o atendimento aos estudantes internacionais, a inclusão de pessoas com deficiência – considerando o espectro de deficiências que existem -, estudantes LBTQIA+, estudantes negros, estudantes indígenas. Então, às vezes, as relações são complicadas, porque as pessoas são diferentes. Por isso, queremos levar para o âmbito da Universidade esse debate para que – daqui quem sabe em algum tempo – a gente não precise mais de uma Secretária de Direitos Humanos para lidar com essas questões. Pelo reconhecimento da diferença e por tornar possível que essa diferença não atrapalhe ninguém. Até lá, são n coisas que precisamos debater para construir uma nova política de Direitos Humanos dentro da Universidade.
AC: Todo o esforço da estrutura da Auditoria Interna, toda a maturidade, toda a capacitação interna dos auditores, toda a revisão de processos é para que eles tenham condições de auxiliar os gestores nesses desafios. Então, a AUD está pronta para auxiliar em tudo aquilo que a Universidade imprime como prioridade nos temas relacionados aos Direitos Humanos. Ou seja, a Auditoria Interna está pronta para apoiar a SDH a encontrar os melhores caminhos institucionais para o avanço da Universidade nessa temática e no atingimento das metas do PDI.