Nota de repúdio AAIUnB – Processo eleitoral

NOTA DOS INDÍGENAS ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA EM REPÚDIO AOS ATAQUES RACISTAS, DIFAMAÇÃO E CALÚNIA PROCESSO ELEITORAL, REITORIA – 2020.

Nós, estudantes indígenas, representados pela Associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília – AAIUnB, repudiamos veementemente o discurso DE ÓDIO E ATAQUE VIRTUAL, feito ao grupo de alunos nesse processo eleitoral da reitoria e aos mesmos sendo divulgados em veículos de comunicação virtual1, sem a devida averiguação por estes que vêm a divulgar tais notícias e absurdos, referentes aos estudantes indígenas da UnB e da mesma forma pedimos respeito ao trabalho sério e democrático da COQUEI/UnB, que consideramos uma conquista ter pessoas sérias que trabalham conosco, no processo de estar na universidade.

Assim, exigimos retratação pública de tais veículos e anulação sobre as informações falsas que difamam e caluniam o nosso Coletivo e trabalho da Coordenação Indígena. Uma vez que, os povos indígenas no Brasil conquistaram seus direitos e autonomia, na Constituição Federal de 1988.

Nessa direção, a Coordenação Indígena não trabalha no sentido de tutelar o coletivo dos estudantes indígena ou muito menos agir de ações coercitivas, como os ataques racistas estão tentando transparecer para toda comunidade da Universidade de Brasília, mas trabalham na gestão compartilhada, juntamente com os estudantes indígenas, na direcionalidade de promover um acompanhamento psico-pedagógico pleno, com o objetivo de promover melhores condições de ingresso, permanência e diplomação dos povos indígenas que ingressaram na UnB.

Assim, ressaltamos que a Coordenação Indígena foi uma conquista dos estudantes indígenas no corpo administrativo da universidade, pois colabora diretamente para que a UnB alcance o seu objetivo de minimizar os efeitos das desigualdades sociais, regionais e linguísticas, inclusive, contribuindo juntamente com o coletivo para a resolução das dificuldades encontradas nos processos de ensino a distância com informações técnicas.

Portanto, somos povos diversos e oriundos de estados diferentes com objetivo em comum de acessar o espaços como universidade para melhor uso das ferramentas tecnológicas, escrita acadêmica e outros meios de defesas de nossos direitos, não somos pessoas inaptas, somos pessoas com várias capacidades de diálogo e construção de políticas voltada a nós, tanto que DIALOGAMOS com as chapas que concorrem e as mesmas nos procuraram e posteriormente nós apresentamos a nossa carta proposta, foram reuniões públicas de ouvir e sermos ouvidos, com a presença de alunos e candidatos, somos pessoas de
construção e não estamos aqui para sermos manipulados ou algo dessa natureza, participamos de forma livre e autônoma a consulta, sem qualquer manipulação de dados ou da vontade individual de cada uma/um no momento da votação.

Reforçamos assim para a comissão eleitoral e comunidade acadêmica que, como povos resistentes, lutaremos pelos nossos direitos até que o último indígena se forme doutor nesta universidade pública, autônoma, diversa e de qualidade, pois sonhamos com a Educação Democrática e verdadeiramente Inclusiva.

https://www.ipebrasilia.com.br/noticia/677/sufragio-da-unb-pode-estar-sendo-fraudado

 

Brasília – DF, 26 de Agosto de 2020.

 

Coletivo dos Indígenas Estudantes da UnB.

 

Observação: notícia publicada originalmente em 31 de agosto de 2020 no site da Diretoria da Diversidade, que foi substituída pela Secretaria de Direitos Humanos em 03/06/2022 pelo Ato da Reitoria Nº 0582/2022.

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