Até o fim de março, programação construída coletivamente homenageia protagonismo feminino insurgente e propositivo.

 

Eventos do #8M na UnB visam aprofundar discussão sobre temáticas femininas na Universidade e na sociedade. Arte: Marcelo Jatobá/Secom UnB

 

Crédito para textos: Renata Bezerra | Secom UnB

 

Neste mês de março, a Universidade de Brasília (UnB), por meio da Coordenação das Mulheres (Codim) da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), realiza o já tradicional #8M. Este ano com o tema Mulheres na universidade: insurgentes e propositivas, a programação, alusiva ao mês das mulheres, envolve série de atividades para debater temáticas relacionadas a direitos, conquistas, desafios e protagonismos da comunidade feminina. A ação segue ao longo de março. A maior parte dos eventos será transmitida pelo canal da UnBTV no YouTube.


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Estão previstos exibição de filmes, mesas-redondas, webinário, oficinas e palestras. Todas as ações foram idealizadas conjuntamente pela comunidade acadêmica. “O corpo universitário foi convidado a dar sugestões por meio do Informe Rede e do Sistema Eletrônico de Informação (SEI). Tivemos também a contribuição da Coordenação das Mulheres, de coletivos da Universidade, dos decanatos e grupos de pesquisa”, explica Roberta Cantarela, coordenadora da Codim. 

 

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A docente ressalta a importância de ações como essa para o debate de pautas políticas voltadas às mulheres, sobretudo na atual conjuntura, em que novos casos de feminicídio são constantemente registrados no Distrito Federal. “As pessoas estão motivadas a pensar e a refletir nas causas voltadas às mulheres, ainda mais em uma semana em que houve dois casos [de feminicídio] no DF. Precisamos refletir e nos organizar para que nós, como sociedade e comunidade acadêmica, possamos prevenir novos casos”, alerta.

 

A abertura oficial da programação ocorre na quinta-feira (9), das 14h30 às 17h, no Auditório da Reitoria, e reúne um time de mulheres ilustres. A cerimônia será encabeçada pelo trio de reitoras Márcia Abrahão, da UnB, Luciana Massukato, do Instituto Federal de Brasília (IFB), e Simone Benck, da Universidade do Distrito Federal (UnDF). Além delas, estarão presentes a presidenta da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e docente da UnB, Mercedes Bustamante, a secretária das Mulheres do Distrito Federal, Giselle de Oliveira, a secretária da Educação do DF, Hélvia Paranaguá Fraga, e o decano de Pós-Graduação da UnB, Lucio Rennó.

 

Em seguida, a decana de Extensão, Olgamir Amancia, a decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter e a secretária de Direitos Humanos, Deborah Santos, reúnem-se na mesa-redonda Mulheres e meninas na ciência: o futuro é agora. "Essa mesa celebra a parceria entre o Decanato de Extensão (DEX), o Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI) e a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) no lançamento do edital Mulheres e Meninas na Ciência: O Futuro é Agora. A Coordenação das Mulheres participou dessa iniciativa e celebra sua construção, pois evidencia um espaço voltado para as mulheres na ciência", comenta Roberta Cantarela.

 

Lançado em fevereiro, o edital selecionará projetos de extensão que estimulem a participação feminina na ciência e na tecnologia a partir de atividades realizadas em escolas do DF, polos de extensão e Casas Universitárias de Cultura da UnB. O prazo para submissão vai de 8 de março a 2 de maio.

 

Outro destaque do #8M é a mesa-redonda Mulheres negras insurgentes e propositivas da UnB, que será realizada no dia 8 de março, com apresentação pela professora Norma Diana Hamilton, do Instituto de de Letras (IL), e participação das professoras Adelaide de Paula Santos e Ana Gaspar, também do IL. A conversa visa apresentar ações de mulheres negras que contribuíram ou contribuem para a igualdade de gênero e para a redução das desigualdades na universidade e na sociedade.

 

Ao longo de março, a UnBTV também dedica as exibições do programa Quarta Cine Candango à produções com foco em temáticas femininas e na conscientização sobre desigualdade de gênero. Nove curtas-metragens dirigidos por mulheres integram as sessões, às quartas-feiras, a partir das 22h, no canal 15 da UnBTV na NET/Claro Brasília e, também, no site unbtv.unb.br. Os filmes perpassam assuntos como assédio, machismo, estereótipos e o abandono enfrentado por mulheres.

 

Roberta Cantarela estimula a ampla participação da comunidade acadêmica nas agendas e debates deste #8M. “Apesar de tantas violências e feminicídios que presenciamos nos últimos anos com mais evidências, a Universidade de Brasília prestigia nesse momento uma temática de grande relevância: as mulheres na universidade insurgentes e propositivas. Gostaria de chamar todo mundo para construirmos ainda mais esse debate”, convida.